terça-feira, 9 de julho de 2013

O texto anterior, escrito há um ano e meio é um pequeno retrato de um clima social que já não existe mais. A bossa lulista já deu lugar ao som desajustado da crise. Não foi pelo contágio econômico que o Brasil se alinhou com a Europa. Antes da crise economica, que ainda pode e provavelmente vai nos arrastar, chegaram as manifestações e os protestos de massa como nunca vistos em nossa história. Os governantes, petistas, tucanos e de todas as colorações, ainda estão sem saber como reagir. Deputados e senadores parecem os personagens da corte nos livros de história russa e francesa, nos atos que antecedem as explosões revolucionárias. Enquanto o povo, a juventude, os trabalhadores, estão todos dizendo basta de privilégios, estes senhores seguem como se vivessem em outro mundo. Já começam a vir a tona o uso dos aviões da FAB para o luxo pessoal de deputados, juízes, e chefes de estado. Provavelmente não estamos perto de uma situação revolucionária, mas o tempo não será contato em meses e anos, mas pelos avanços e retrocessos da subjetividade dos trabalhadores e dos seus aliados (povo negro, os camponeses pobres, a juventude, e todos os oprimidos pelo capitalismo). Ninguém previa a explosão da juventude em junho. Quem pode garantir que em julho os trabalhadores não vão aproveitar a brecha do dia 11 para uma nova manifestação de força?